Índice de Preços Turístico em Cabo Verde aumentou 2,5%

Dados sobre o Índice de Preços Turísticos, divulgados, recentemente pelo Instituto Nacional de Estatísticas de Cabo Verde (INE-CV), indicam que no primeiro trimestre deste ano, o país registou uma taxa de variação homóloga fde 2,5%, aumentando assim, 0,2 pontos percentuais (p.p.), se comparados com o valor registado no trimestre anterior.

Variação Homóloga Trimestral (2,5%)

De acordo com o Relatório do INE-CV, a classe dos Hotéis, Cafés e Restaurantes apresentou uma variação homóloga de 2,5%, 0,2 p.p. acima da que se verificou no trimestre anterior. “A esta variação correspondeu uma contribuição de 2,48 p.p. para a variação do IPT total”.

Refere-se que o movimento dos preços das dormidas em Hotéis (2,04 p.p.) foi determinante para este comportamento do IPT total. Entretanto, registaram-se contribuições positivas, mas pouco intensas, nos Restaurantes (0,36 p.p.), Cafés, Bares e Similares (0,02 p.p.) e em Aldeamentos Turísticos (0,09 p.p.).

O documento destaca ainda que três componentes do IPT apresentaram contribuições de sentido oposto, embora praticamente nulas: Hotéis-apartamentos (-0,02 p.p.), Residenciais e Pensões (ambas com -0.01 p.p.).

Já os preços das restantes componentes mantiveram-se constantes em relação ao trimestre homólogo. O peso do grupo dos Hotéis (alojamento em sentido lato) que corresponde a cerca de 73% da despesa turística foi assim, determinante para o movimento global em termos homólogos do indicador (2,1 p.p.).

Variação Trimestral (0,9%)

Com base nos dados divulgados pelo INE-CV, convém sublinhar que a taxa de variação no trimestre em análise foi de 0,9%, inferior em 1,0 p.p. à registada no trimestre anterior, em que se situara em 1,9%. “No mesmo trimestre do ano anterior verificara-se igualmente uma variação em cadeia (0,7%) superior em 1,3 p.p. à do IV trimestre de 2016. “Estes resultados são a consequência de movimentos sazonais de natureza mensal, com particular incidência na componente de Alojamento”.

Índices Regionais

Conforme o estudo realizado sobre a oferta turística em Cabo Verde, os perfis dos índices calculados para Sal e Boa Vista dominaram “fortemente” o movimento da taxa de variação trimestral que é observado no IPT Nacional. A actividade turística nestas ilhas corresponde cerca de 92% da ao nível nacional.

“Ao nível regional, registaram-se variações em cadeia trimestrais positivas nas seguintes ilhas: Boa Vista (-0,4%) e Sal (3,0%). Sal e Boa Vista apresentaram as maiores contribuições, se bem que em sentido oposto (1,3 p.p e -0,2 p.p. respectivamente), o que explica cerca de 94% do movimento trimestral do IPT Nacional”.

Neste âmbito, as Ilhas de Santo Antão e Santiago registaram um comportamento de quebra no nível dos preços, face ao trimestre anterior, com uma contribuição negativa para a taxa de variação homóloga trimestral do IPT. São Vicente apresentou uma contribuição para a variação trimestral do IPT Nacional, “marginalmente”, positiva. Em termos homólogos, Sal e Boa Vista determinaram o andamento do IPT total, com contribuições de 0,6 p.p. e 2,1 p.p., respectivamente.

Recorde-se que o IPT é um indicador que tem por finalidade, medir a evolução no tempo, dos preços de um conjunto de bens e serviços considerados representativos da estrutura de consumo dos turistas. “Não é, desta forma, um indicador do nível de preços registado entre períodos diferentes, mas antes um indicador da sua variação. Celso Lobo


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