Partido Popular acusa Câmara Municipal da Praia de gestão danosa na venda de terrenos

Felisberto Semedo fez estas afirmações durante a reunião quinzenal do Partido Popular (PP), realizado na Cidade da Praia, tendo referido que no encontro habitual, os membros do PP abordaram questões relacionadas com a gestão urbanística na cidade da Praia, 44º aniversário de independência nacional, caso praça de Palmarejo e a denuncia por parte dos agentes prisionais sobre a situação laboral dos mesmos.

No que se refere a gestão urbanística na cidade da Praia, Felisberto Semedo acusou a autarquia praiense de estar a negociar venda de terrenos considerados espaço verde na zona da Prainha, para construção, a título privado, por um “preço exagerado”.

“Temos casos de denúncias na Prainha, da venda de um terreno ao lado da ex-residência do Presidente da República, que está a ser vendido por 61 mil contos e que é de menor dimensão do que o lote que foi vendido ao ex-embaixador da União Europeia por cerca de cinco mil contos. Estes casos são recorrentes na câmara da Praia e suspeitamos que a mesma tem interesse nesses negócios”, afirmou.

Segundo este dirigente dos populares, no que se refere ao caso da praça de Palmarejo, o Partido Popular irá recorrer “até as últimas instancias” para ver esta situação resolvida, por entender que, os bens de domínio público não podem estar sujeitos a negociações.

“Avançamos com o recurso ao Tribunal da Relação para ser encaminhado ao Tribunal Constitucional por entendermos que não houve um pronunciamento concreto sobre o caso que é de domínio público e que foi negociado por um período de 75 anos para a execução de obras“, frisou.

No que se refere a avaliação do PP sobre o 44º aniversário da independência nacional, o vice-presidente do PP afirmou que passados esses anos, o desenvolvimento de Cabo Verde “está muito aquém do desejado”.

Isto, porque, sustentou, o país ainda enfrenta vários constrangimentos nas áreas chaves de desenvolvimento, nomeadamente a saúde, educação, social, segurança, ajuntando que passados 44 anos “muitos cabo-verdianos ainda vivem com medo e não desfrutam da liberdade conquistada”.

Denuncias graves de guardas prisionais

O Partido Popular na sua reunião quinzenal, acrescentou, recebeu a denúncia por parte dos membros da Associação de Agentes Prisionais de Cabo Verde sobre a péssima situação laboral dos mesmos e da falta de condições de segurança existentes nas cadeias.

“Denunciaram [os agentes] uma série de coisas que está a acontecer na cadeia central da Praia, a começar com a nomeação do director sem concurso público, um director que, conforme afirmaram, não tem condições para exercer a função. Disseram ainda que neste momento tem sido permitido o uso de telemóveis e de estupefacientes por parte dos reclusos e entre outras denúncias”, referiu, considerando os agentes prisionais “o pivô que garante segurança no país”. A Semana com Inforpress


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