Primeiro-ministro israelita promete não desmantelar colonatos na Cisjordânia

Alguma imprensa israelita tem admitido possíveis concessões de Netanyahu em resposta às ações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em favor de Israel, que deve revelar um plano para resolver o conflito israelo-palestiniano.

"Não permitiremos o desmantelamento de quaisquer colonatos como parte de qualquer plano de paz", disse Netanyahu, que falava na colónia de Revava na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel há mais de 50 anos.

"Além disso, não faço distinção entre blocos de assentamentos e locais isolados de colonatos", afirmou, acrescentando: "Esses lugares são israelitas, do meu ponto de vista".

Os palestinianos já rejeitaram o plano de paz dos EUA, por considerarem que o Governo de Donald Trump ficou desacreditado com as suas medidas fundamentalmente pró-israelitas, como o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel no final de 2017.


A colonização por Israel da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém Oriental, ilegal perante o Direito internacional, prosseguiu com todos os governos israelitas desde 1967.


Mais de 600.000 colonos israelitas mantêm uma coexistência muitas vezes conflituosa com quase três milhões de palestinianos.


Durante a campanha para as legislativas de abril, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu tinha prometido, caso fosse reeleito, anexar as colónias israelitas na Cisjordânia.


Após ter falhado formar uma coligação após as eleições, Netanyahu teve de levar o parlamento a votar a dissolução para evitar que o Presidente indigitasse um outro Governo.


As novas eleições estão marcadas para 17 de setembro.


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