Assalto a Casa da Moeda do México lembra série de TV e leva a roubo de 2,2 milhões de euros

Apesar de os ladrões não terem usado máscaras de Dalí, as primeiras informações sobre o roubo lembraram de imediato a série de sucesso da Netflix, em que um grupo assalta a Casa da Moeda de Espanha seguindo um plano da personagem a quem chamam Professor.

O secretário de Estado da Segurança do México, Jesus Orta, garantiu, no entanto, que o assalto foi muito mais rudimentar e ficou muito longe dos acontecimentos que a série conta.

Em entrevista a uma televisão, o secretário de Estado admitiu, no entanto, que o início do golpe foi semelhante.

Pelo menos "três pessoas, com armas de fogo", entraram, por volta das 10:00 (16:00 em Lisboa), no edifício que guarda moedas de ouro, mas não imprime notas, e que se situa no Paseo de la Reforma, na capital mexicana.

Depois de entrarem, os assaltantes tiraram a arma ao segurança que estava a guardar o acesso e dirigiram-se ao cofre de segurança da instituição, que estava aberto na altura, e de onde retiraram cerca de 1.500 moedas de ouro e relógios comemorativos.

Poucos minutos depois, os três fugiram com um saque de um valor estimado em mais de 50 milhões de pesos (2,2 milhões de euros).

As imagens dos três assaltantes, gravadas pelas câmaras de segurança, foram divulgadas por alguns meios de comunicação social e as autoridades começaram a seguir-lhes o rasto com a ajuda do centro de vídeo vigilância da capital, conhecido como C5.


Nas imagens divulgadas pode ver-se que os assaltantes eram três jovens, vestidos com roupas normais - sem os macacões vermelhos popularizados pela série -, o que lhes permitiu passar despercebidos.


Apesar da magnitude do roubo, alguns transeuntes e comerciantes da avenida onde se situa a Casa da Moeda mexicana asseguraram à agência de notícias Efe que não se tinham apercebido de nada até à chegada da polícia.


Durante todo o dia, as entradas e saídas dos investigadores da Procuradoria-geral da Cidade do México e de agentes da Polícia Federal na Casa da Moeda do México multiplicaram-se, e dezenas de jornalistas concentraram-se no edifício e imediações.


Os três funcionários da instituição, incluindo o segurança da entrada, todos desarmados pelos ladrões, foram levados para testemunhar na Procuradoria-geral da República, já que "o protocolo de segurança não foi aplicado".


O tom de mistério e intriga intensificou-se uma hora e meia depois do assalto, quando se ficou a saber que um prédio de escritórios localizado a apenas 350 metros da Casa da Moeda tinha sido alvo de um ataque armado.


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