Partido Popular exige a demissão do ministro da Saúde e acusa a Justiça de falta de imparcialidade

O fenómeno da falta de segurança está, segundo os populares citados pela Inforpress, a “entender-se a novos bairros”, onde o PP prossegue com a “recolha de assinaturas contra a corrupção”.

Este foi o teor da reunião quinzenal da direcção nacional do Partido Popular, que esteve reunida, no sábado, na sua sede, em Achada de Santo António, e tornado público pelo secretário-geral, Juvenal Furtado, que justificou o pedido de demissão do ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, pelo “retrocesso no sistema”, com “perdas humanas”.

Segundo a Inforpress, o PP responsabiliza o sistema de saúde por 24 mortes registados em 2018, por negligência médica, e, igualmente, pelo falecimento da criança sanvicentina Sharon Silva Lopes, um caso que nos últimos dias esteve no centro das atenções.

Os populares consideraram que houve “desencontro e total falta de sintonia” entre os serviços do Instituto Nacional de Providencia Social (INPS), o Hospital, de entre outras instituições do Estado responsáveis pela evacuação médica para o exterior.

Nesta lógica, classificou a Saúde como o “parente pobre do Estado de Cabo Verde”, exemplificando a “diminuição de regalias a pessoas que beneficiavam de isenção na cobrança da taxa moderadora e de internamento”, agora agravada com a cobrança da taxa de internamento hospitalar, razão pela qual o PP exige a demissão do ministro Arlindo do Rosário.

Em relação à Praça do Palmarejo, onde as obras foram retomadas, após um período de embargo, Juvenal Furtado critica o “Tribunal de Relação por ter recusado enviar o processo para o Tribunal Constitucional”, alegando tratar-se de uma questão de constitucionalidade, quando, a seu ver, “o Tribunal de Relação não é imparcial”.

Esta preocupação é extensiva à Praça da Nova Apostólica, na Fazenda, por considerar que “este bem público foi assaltado pela Câmara Municipal da Praia”, alegando que tem estado a fomentar conflitos entre população, com a atribuição um único lote de terrenos a várias pessoas.

Quanto à segurança pública, o PP diz ter constatado que, “contrariamente à propaganda governamental”, não houve melhoramentos, mesmo com a introdução de câmaras de videovigilância ou melhoria de iluminação públicas, sublinhando que os crimes contra pessoas e bens foram transferidos aos novos bairros, como Jamaica, Ribeira Funda, Ponta d’Água, Eugénio Lima e Safende, onde se regista “fraca iluminação” e não existe m câmaras.

Em relação à recolha de assinaturas em curso, com vista à apresentação de uma proposta-de-lei contra o crime de corrupção de titulares de cargos públicos, o dirigente oposicionista disse que o PP já ultrapassou as 11 mil exigidas e que resta concluir o processo em locais como São Vicente, São Domingos e Maio. A Semana com Inforpress


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