Tonelada de ouro do Banco de Cabo Verde valorizou quase 5% em 2021

Segundo a Visão que cita a Lusa, o investimento do Banco de Cabo Verde (BCV) em reservas em ouro valorizou 4,69% em 2021, para 5.710.265 escudos (51,6 milhões de euros), mantendo-se a quantidade inalterada, em cerca de uma tonelada, segundo dados oficiais.

De acordo com dados do relatório e contas de 2021 do banco central, compilados hoje pela Lusa, trata-se de uma valorização face a 31 de dezembro de 2020, “justificada pela apreciação do dólar dos Estados Unidos da América, conjugada com o efeito da oscilação do preço do ouro”, já que “a quantidade manteve-se inalterada em uma tonelada”, equivalente a 32.000 onças de troy.

O governador do BCV, Óscar Santos, já tinha dito no final de julho passado que Cabo Verde pretende manter, para já, a mesma quantidade de reservas de ouro.

“Não há nenhuma decisão de mudança da composição cambial ainda. Nós temos o euro, ouro e dólar e ainda não há nenhuma decisão de mudança para um outro tipo de ativo”, disse o governador.

Segundo a mesma fnte, Óscar Santos sublinhou a importância de diversificar carteira de investimento externo, por Cabo Verde ser um país pequeno e também por encontrar taxas de juros negativas no mercado internacional.

Questionado se o ouro foi um bom investimento, o governador respondeu que o BCV não é um banco comercial, que procura necessariamente o retorno dos investimentos, e explicou a sua função é sobretudo preservação do capital investido.

O BCV comprou ativos em ouro pela primeira vez em agosto de 2020 (32 mil onças de troy), tendo fechado aquele ano com um peso de 6,68% daquele metal nos ativos da instituição.

“No âmbito da estratégia de diversificação dos investimentos em reservas cambiais, num contexto de escassez de oportunidades de rentabilização das reservas, o investimento em ouro tem-se revelado oportuno, tendo em conta o seu estatuto de ativo de refúgio”, justificou então o BCV conforme a Lusa.

Contudo, no primeiro ano (2020), o relatório e contas de então identificou “perdas verificadas com a reavaliação do ouro” no final desse ano, face ao valor do investimento inicial, avaliadas em 237.631.000 escudos (2,1 milhões de euros).

Cabo Verde juntou-se à lista de países de língua portuguesa que, segundo a organização World Gold Council, detêm reservas de ouro, a qual era liderada no final de 2020 por Portugal (14.º mundial, 383 toneladas). O Brasil detinha 67,36 toneladas e Moçambique 3,93 toneladas, segundo o mesmo relatório, conclui a fonte deste jornal.

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