Trabalhadores do INMG dizem-se agastados com situação laboral na instituição - Ilha do Sal

O grupo de trabalhadores manifestou esse sentimento na terça-feira, 16, durante uma conferência de imprensa, convocada pelo Sindicato dos Transportes, Comunicações e Administração Pública (Sintcap), para denunciar o atraso de 20 meses na publicação da lista nominal de transição dos funcionários do INMG.

De acordo com estes colaboradores, a insatisfação se arrasta “há muito tempo”, prometendo outras formas de luta até verem a sua situação resolvida, isto é, questões relacionadas, particularmente, com evolução da carreira e congelamento dos salários “há mais de 15 anos”.

Ramiro Assis, um dos colaboradores, presente na conferência, exteriorizou que perante “desgaste emocional e psicológico”, os trabalhadores do INMG estão prontos para desencadear outras formas de luta.

Com o mesmo sentimento, o meteorologista Pimenta Lima disse que irão “até onde tiver que ser”, já que se trata de um direito dos trabalhadores

“Em Janeiro de 2021 foi dado um prazo de dez dias para a colocação da lista para consulta e 15 dias para reclamações, e até agora nada (…) 2021 já passou, já não há mais desculpas de pandemia ou outras situações. É tudo muito estranho. É demais”, desabafou.

Manifestando, igualmente, alguma “revolta e desânimo”, Benvindo Tavares, outro trabalhador, foi mais longe apontando que o Governo, concretamente o ministério da tutela, “não tem levado a sério” estas questões no INMG.

“Nós estamos nesta situação há anos”, comentou, com ar de indignação, denunciando ao mesmo tempo o facto de o instituto estar a funcionar, neste momento, sem um presidente do conselho de administração.

“Isso é grave. E não há nenhuma informação sobre quando se pretende resolver a situação”, observou.

A colega Margarida de Andrade explicou, por sua vez, que o INMG tem um estatuto publicado desde 2021, mas rege-se ainda pelo estatuto de 2001.

“Ou seja, desde de 2001 até à presente data, tivemos apenas uma progressão de 2009. Agora façam as contas (…) Sem progressão, sem promoção, sem aumento de salário. São muitas pendências, muitas desmotivações. Razões mais do que suficientes para os trabalhadores reivindicarem”, enfatizou a meteorologista.

Perante o cenário, a presidente do Sintcap, Maria de Brito, afiançou que o sindicato enquanto representante dos trabalhadores já fez “de tudo”, tentando de forma administrativa ultrapassar esse bloqueio, recorrendo ao ministro da Agricultura e Ambiente, à ministra da Administração e Modernização Interna e até ao próprio vice-primeiro ministro, mas “sem sucesso”.

Para a sindicalista, esta demora na resolução dos problemas consubstancia um “total descaso e desrespeito” para com os trabalhadores do INMG.

“As instituições envolvidas no processo remeteram-se a um silêncio total, esta situação vem causando grande desgaste emocional e psicológico e um desânimo geral no seio dos trabalhadores”, finalizou a sindicalista. A Semana com Inforpress

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