Requalificação e valorização da Cidade Velha como Património Mundial são acções a serem realizadas a curto prazo

A presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), na Praia, anunciou hoje que a requalificação da Cidade Velha como Património Mundial é uma prioridade de curto prazo no Programa de Protecção e Valorização do Património Cultural 2024 – 2026.

Ana Samira Baessa fez estas declarações à Inforpress, a propósito do seu primeiro ano de mandato, assinalado neste mês de Março, avaliando positivamente este período com a consolidação de vários ganhos.

“Em termos de acções a efectivar, a curto prazo, o programa contempla o projecto estruturante de Requalificação e Valorização da Cidade Velha como Património Mundial, no quadro do programa operacional do turismo (POT), com vários subprojectos a serem concursados ainda este ano”, precisou.

Ainda neste quadro de prioridades a presidente do IPC destacou o Programa de Reconversão dos Bens Patrimoniais do Estado, através da adjudicação de imóveis para a exploração por privados no contexto turístico e uma nova dinâmica nos espaços de memória e de interpretação como o Museu do Mar, em São Vicente, o centro Interpretativo das Salinas de Pedra de Lume.

Indicou que também estão listados novos projectos de classificação dos bens à Património Nacional, nomeadamente, o Batuco, o Funaná, a Olaria Tradicional, a Catxupa, o Panu de Terra, e à Património Mundial como Tabanca, o Campo de Concentração do Tarrafal e a Paisagem Cultural de Cova, Paul e Ribeira da Torre, em Santo Antão.

Para Ana Samira Baessa estas classificações a nível nacional e internacional agregam valor, aumentando a consciência para a sua protecção e criando oportunidades de negócios, empregos e renda para as comunidades.

Por outro lado, fez saber que o IPC está atento a novas parcerias tanto a nível nacional como internacional que possam contribuir para o reforço da capacidade técnica e financeira da instituição para implementação de novas acções.

“Falo das instituições tradicionais, Unesco, Agências de Cooperação estrangeiras, mas também das ONG nacionais e da nossa diáspora que transporta o nosso património imaterial para vários pontos do globo”, exemplificou.

 O programa de protecção e valorização do Património Cultural para o horizonte 2024-2026, já apresentado, traduz-se numa visão estratégica para o património cultural nos próximos anos assente na consolidação dos investimentos estruturantes na reabilitação do Património Histórico Cultural e Religioso e na reabilitação de museus e espaços de interpretação, propondo uma maior integração do Património Cultural nos sectores do Turismo e da Educação.

O programa, conforme enfatizou Ana Samira Baessa, abrange todos os domínios do Património, material, imaterial, móvel e imóvel suportados pelo reforço do quadro legal e normativo, os programas de educação patrimonial e em projectos de investigação, reabilitação e valorização.

O objectivo é, também, promover um certo equilíbrio territorial nas acções de valorização do Património Cultural, levando em consideração as particularidades de cada uma das ilhas do país.

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