Andebol: Seleccionadora denuncia “abandono, fome e condições inaceitáveis” no “Challenge Trophy” na Mauritânia

Em entrevista à Rádio de Cabo Verde (RCV), Kátia Fortes disse que a prova realizada de 13 a 17 deste mês em que o país esteve representado pelas selecções femininas de sub-17 e sub-19, acabou por “tornar-se num autêntico pesadelo” para as jovens jogadoras cabo-verdianas que “pretendiam fazer desta prova um sonho”.
Esta técnica disse que a viagem foi toda ela conturbada, e que as atletas chegaram ao destino com muito atraso, razão pela qual tanto a selecção de sub-17 como a de sub-19 perderam o primeiro jogo por falta de comparência, salientando que a comitiva se sentiu abandonada.
Outrossim, lamentou que assim como na entrada a saída da Mauritânia também foi desorganizada com alguns integrantes a recorrerem a boleias inclusive na polícia e aluguer táxis para o aeroporto.
No rol das críticas e queixas, Kátia Fortes disse que as jovens atletas, que estavam a representar o país nesta competição da Federação Internacional de Andebol (IHF, sigla em inglês), tiveram de dormir em cobertores e mantas estendidas no chão de uma unidade hoteleira da Mauritânia, sublinhando que houve jogadores que choraram e que acabaram por desmaiar.
A selecção de sub-17 conquistou a medalha de bronze, por força da única vitória da poule B vitória sobre a Guiné-Bissau, ao passo que o combinado cabo-verdiano de sub-19 se classificou no sétimo e penúltimo lugar da sua categoria.
O chefe da missão cabo-verdiana nesta missão da Mauritânia, Idilton Brito, prometeu reagir posteriormente sobre estas denúncias e acusações da seleccionadora adjunta de Cabo Verde de andebol feminina.