Expansão de centrais solares em Cabo Verde sem riscos e com impactos “positivos”

As obras de quatro centrais fotovoltaicas em diferentes ilhas de Cabo Verde podem avançar sem riscos e a operação deverá ter efeitos “positivos” para o ambiente, de acordo com os estudos publicados pelo Governo e consultados esta terça-feira pela Lusa.
“Os riscos e impactos negativos não são significativos, prevendo-se mesmo que o desenvolvimento do projeto tenha alguns efeitos positivos, nomeadamente em termos de redução da dependência dos combustíveis fósseis para a produção de eletricidade, redução das emissões de gases com efeito de estufa e melhoria da qualidade do ar”, lê-se nos documentos.
O Governo publicou quatro estudos de impacto social e ambiental para a ampliação das centrais que vão produzir eletricidade a partir do sol nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Maio e Fogo.
Da mesma forma, preveem-se alguns benefícios derivados da criação de emprego local, tanto no período de construção – que, quando avançar, levará cerca de seis meses –, como na fase de operação.
Os estudos preveem que as centrais funcionem durante 20 anos.
Os investimentos vão ser implementados no âmbito do Projeto de Energia Renovável e Melhoria do Desempenho dos Serviços Públicos, ligado ao compromisso de o país aumentar a produção e cobertura de eletricidade a partir de recursos energéticos renováveis.
Para o efeito, o Governo de Cabo Verde obteve o apoio do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA/Banco Mundial), do fundo “Canada Clean Energy and Forest Climate” e do “Global Infrastructure Facility”.