Em declarações à comunicação social, a enfermeira Patrícia Recheado salientou que tem sido uma experiência e troca de partilha muito “excitante e gratificante” e enalteceu o gesto dos médicos visitantes que, segundo a mesma, não estão "medindo esforços" para atender mais de 50 pacientes diários.

“Este intercâmbio precisa ser feito mais vezes porque a ilha precisa mesmo de profissionais e especialistas para atender a população. Estamos a ter um número considerável de pacientes que querem fazer consultas, pena que não possuímos um grande espaço, mas por dia está a ser atendido cerca de 50 a 60 pessoas”, informou.

Entretanto, a enfermeira avançou que a princípio as consultas estavam previstas a serem realizadas também em Nossa Senhora do Monte mas, por falta de condições da estrutura hospitalar na comunidade, o atendimento será apenas na cidade.

“Quem pretende consultar e que já tem marcação feita é só deslocar-se à Delegacia de Saúde, em Nova Sintra”, disse.

Já a representante do grupo dos médicos, Júlia Barbosa explicou que vieram para Cabo Verde porque são grupos profissionais de saúde de ascendência cabo-verdiana, de diferentes especialidades, que poderão dar os seus contributos para o país.

Com os profissionais locais, garantiu a mesma fonte que está a ser uma grande partilha de experiências e trocas de ideias o que será enriquecedora para ambas as partes.

Por sua vez, o paciente António Paiva enalteceu a visita dos médicos à ilha, realçando ainda que o município tem um grande défice de especialistas, sendo que a solução é viajar para outras ilhas para realizar consultas de especialidades.

“Penso que esta iniciativa deveria ser repetida mais vezes, porque temos muitas dificuldades na Brava e existem pessoas com poucos recursos financeiros para viajar e fazer consultas, sendo que esta acção poderá ajudar a população a, pelo menos, fazer uma consulta e saber o seu estado de saúde”, concluiu.

As consultas, que são gratuitas, iniciaram no domingo, 06 e vão decorrer até a próxima quarta-feira,09.