Câmara de Comércio do Sotavento pede políticas públicas para fixar jovens no país

A CCS já tem algumas ideias de políticas públicas que são necessárias para o desenvolvimento, porque não chega só aos salários, é preciso um ecossistema muito mais atractivo para que os jovens possam ficar no país”, afirmou Marcos Rodrigues.
O dirigente associativo falava à Inforpress sobre o encontro desta quinta-feira, 08, entre a CCS e as centrais sindicais UNTC-CS e CCSL e sublinhou que se trata de mais uma iniciativa da instituição em recolher e partilhar informações relevantes com os parceiros sociais, com vista a promover soluções conjuntas para os desafios do mercado de trabalho cabo-verdiano.
Na agenda do encontro constam quatro temas centrais, nomeadamente a implementação do salário mínimo nacional, os benefícios sociais dos trabalhadores, especialmente o acesso à cobertura medicamentosa, o cumprimento das obrigações legais por parte dos empregadores, a proposta de medidas para a fixação da mão de obra jovem no país e a promoção da formação profissional nas empresas.
Realçou que todos os temas são de “extrema importância”, mas a questão da retenção de quadros em Cabo Verde “é particularmente urgente”, tendo em conta a crescente emigração de jovens qualificados, como indicou.
"Queremos discutir com os sindicatos as razões que levam os jovens a sair do país e perceber se, além dos salários, há outros factores como o acesso à saúde, habitação, segurança e oportunidades que estão a influenciar essas decisões", apontou.
O responsável reiterou que a CCSestá interessada em promover um diálogo contínuo com os sindicatos, reconhecendo que a paz social e o entendimento entre entidades patronais e representantes dos trabalhadores são cruciais para um ambiente produtivo e justo.
"Continuaremos a promover estes espaços de diálogo e colaboração, pois acreditamos que só com um ecossistema laboral mais atrativo e equilibrado poderemos travar a fuga de talentos e garantir um desenvolvimento sustentável para Cabo Verde", concluiu.